Neste 1 de dezembro, Dia Mundial de Combate ao HIV/AIDS, Porto Alegre amanheceu com mensagens de conscientização nos muros da cidade. A ação, realizada pela ONG SOMOS, alerta para o fato de que ainda não existe vacina para o vírus do HIV, mas já existe cura contra o estigma e o preconceito em relação às pessoas soropositivas. O Rio Grande do Sul tem movimentos muito atuantes na prevenção ao HIV, que fazem um trabalho firme de fiscalização dos governos e articulação da sociedade. O GAPA é outra organização histórica desta luta, que no ano passado cobriu a cidade com a campanha “AIDS É FATO”. E o Fórum de ONGS AIDS do RS organiza a nível estadual as pautas do movimento.
Na Assembleia Legislativa, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) criou a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao HIV/ AIDS, Sífilis, Hepatites Virais e Outras IST’s. Neste Dezembro Vermelho, a deputada pretende reunir novamente, de forma virtual, a sociedade civil e o poder público para debater a situação da assistência às pessoas vivendo com HIV no Estado, agora impactadas também pela pandemia. Ainda hoje, ela solicitou também a todos os órgãos públicos a iluminação de suas sedes com a cor vermelha neste mês, conforme determina a Lei 15023/2017, de autoria do então deputado Pedro Ruas.
O boletim epidemiológico divulgado neste dia 1 demonstra que Porto Alegre é a capital com maior taxa de detecção de AIDS, com índice 3,3 vezes maior que a média nacional. A cidade também tem a maior taxa de transmissão vertical (6 vezes maior que a nacional) e a maior taxa de mortalidade por AIDS (5 vezes maior que a nacional). Das dez cidades brasileiras em situação mais crítica no combate ao HIV, quatro são gaúchas. A primeira delas é Rio Grande. “É por isso que precisamos, mais do que nunca, da articulação entre poder público e movimentos sociais para fortalecer as políticas de prevenção e assistência. Estou engajada nesta luta através da Frente Parlamentar”, coloca Luciana.