P-Sol pedirá bloqueio dos bens da governadora e de Carlos Crusius
Lideranças do P-Sol no Estado irão, amanhã, à Santa Maria entregar um pedido de bloqueio e indisponibilidade de bens e contas bancárias pertencentes à governadora Yeda Crusius, ao seu ex-marido Carlos Crusius e ao ex-secretário-geral do governo Delson Martini.
Além da solicitação, será encaminhado à juíza federal Simone Barbisan Fortes, responsável pelo processo judicial da Operação Rodin, que investigou o desvio de R$ 44 milhões do Detran gaúcho, um dossiê com reportagens publicadas na imprensa sobre o suposto envolvimento da governadora em irregularidades – que teriam sido cometidas durante a campanha de 2006 e no começo do mandato, em 2007.
A ação do P-Sol foi desencadeada pelo vazamento de informações relativas à possível delação premiada do empresário Lair Ferst, considerado o pivô do escândalo do Detran. De acordo com um documento do Ministério Público Federal (MPF), que teria sido encaminhado ao então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, Ferst descreve 20 supostas ilegalidades, como o pagamento “por fora” de parte do valor da aquisição da casa da governadora, comprada oficialmente por R$ 750 mil, e o uso de caixa-2 na disputa ao governo do Estado, em 2006.
“Esse material praticamente confirma o que estamos dizendo desde fevereiro. Embora não se saiba como vazou, é um documento oficial, com a assinatura do procurador Alexandre Schneider, que integra a força-tarefa montada para investigar os desdobramentos da Operação Rodin. Por isso, vamos pedir o bloqueio dos bens da governadora, porque o Estado precisa ser ressarcido”, anunciou a deputada federal Luciana Genro (P-Sol).
Ao lado do presidente estadual do partido, Roberto Robaina, e do vereador de Porto Alegre Pedro Ruas, Luciana concedeu entrevista coletiva na tarde de ontem. Ela comparou os supostos fatos narrados por Ferst aos nove pontos apresentados pela sigla em fevereiro.