Seis meses depois da tragédia de Brumadinho, as famílias das vítimas ainda aguardam resultados da perícia da identificação dos corpos, lidam com a perda dos familiares, amigos e colegas de trabalho e seguem na busca por Justiça.

Neste mês, a Vale foi condenada pela Justiça estadual de Minas Gerais a reparar todos os danos causados pela tragédia, mas ainda não há definição de quais serão os valores pagos. Em abril, a Defensoria Pública e a Vale fecharam um acordo para acelerar as indenizações às famílias. Porém, os moradores reclamam que o combinado foi feito às escondidas, sem a participação dos interessados.

Famílias afetadas pela tragédia de Mariana fizeram acordos com a Samarco, BHP Billiton e Vale nesta semana, mais de três anos após o rompimento da barragem, o maior desastre ambiental da história do Brasil.

Relembrar dessas tragédias deve servir para que planos de segurança de barragens sejam desenvolvidos e fiscalizados com seriedade. Que as licenças ambientais efetivamente avaliem os riscos dessas operações, estipulem distâncias entre comunidades, moradias e barragens e sirvam para proteger a população e não fazê-la vítima dos interesses e da irresponsabilidade das grandes empresas exploradoras do meio ambiente.