Toda nossa solidariedade às professoras, professores, alunas e alunos, pais e comunidade da escola municipal Vila Monte Cristo, no bairro Vila Nova, em Porto Alegre. A escola foi alvo de pichações e vandalismo nesta semana, com palavras misóginas, ofensivas aos educadores e aos estudantes e também fazendo referência ao massacre de Suzano, em São Paulo.
A violência é a face mais cruel do abandono da educação pelo poder público. A orientadora Cinthia Denise Bordini, da Vila Monte Cristo, fez um relato dolorido na audiência pública sobre a violência nas escolas na Comissão de Educação desta terça (16/04).
Cinthia relatou ainda que a escola, além de ser a referência para 1,2 mil alunos, é o único espaço de lazer da comunidade, e que não abre aos finais de semanas por falta de funcionários e câmeras de vigilância.
Cinthia lamentou a falta de segurança na escola, política adotada pelo prefeito Nelson Marchezan Jr. desde 2017 com a retirada dos guardas municipais dos colégios. Além disso, os ataques ao funcionalismo municipal e a falta de infraestrutura física às escolas também fazem parte da política de Marchezan.
A políticia de desmonte da eduacação só visa a deixar as comunidades desassistidas e sem uma possibilidade real de inclusão social e de garantia de inserção futura dessas crianças e jovens no mercado de trabalho.
Nós sabemos que a educação é a forma mais eficiente de transformação social e que as escolas são pontos de referência em suas comunidades, sendo espaços de combate à violência e de acolhimento à famílias em situações de vulnerabilidade social. Já passou da hora do poder público priorizar a educação, com políticas públicas eficazes para tratar a educação com seriedade e investimentos reais.