A deputada estadual Luciana Genro, do PSOL, vai lançar no dia 8 de abril a Frente parlamentar em defesa dos trabalhadores da saúde. O lançamento ocorrerá às 9h do dia 8 de abril no Plenarinho da Assembleia Legislativa. A precarização da saúde, causada pela falta de comprometimento, interesse e investimento do poder público com o setor, além de afetar a população, também prejudica os trabalhadores que prestam o serviço em hospitais, unidades e instituições de saúde.
A dívida do governo do Estado com os municípios chega a R$ 655 milhões, segundo dados da Famurs e da Federação das Santas Casas. Com isso, pelo menos metade dos hospitais do RS têm atendimentos reduzido, cirurgias canceladas e superlotação. A falta de repasses causa atraso nos salários dos servidores e também deixa os hospitais sem materiais básicos e sem medicamentos. O desmonte da saúde é uma tática usada por diversos governos para justificar as tentativas de privatização dos hospitais. Em Porto Alegre, a Frente vai atuar para defender os hospitais públicos ameaçados com a tentativa da privatização, caso do Hospital de Clínicas e do Hospital Conceição.
“Os servidores estão pedindo socorro para fazerem seu trabalho com dignidade. Para isso precisam receber seus salários em dia, e ter os repasses regularizados para os hospitais, garantindo os equipamentos e melhorando suas condições de trabalho”, destaca a deputada Luciana Genro.
A Frente também defenderá a manutenção dos direitos e dos benefícios a que os trabalhadores têm direito e também auxiliar no combate a perseguição e ao assédio moral que eles sofrem, normalmente quando estão unidos para defenderem seus direitos.
Além dos recursos insuficientes e repassados com atraso, o Sindisaúde-RS aponta que a gestão dos hospitais é feita sem o devido profissionalismo necessário, faltando ainda a efetiva fiscalização dos recursos públicos repassados aos mesmos.
Outro componente de ameaça à saúde é o da terceirização os serviços. Conhecemos inúmeros casos de corrupção envolvendo contratos entre empresas terceirizados e o poder público, mostrando que esse modelo não melhora o atendimento e só provoca mais desvios de dinheiro público e prejuízos.
A falta de políticas de Estado para a saúde também leva à precarização da saúde, refém de projetos políticos e de governos. Um dos principais exemplos disso a aprovação da PEC dos Gastos do governo Temer, que congela por 20 anos os recursos para os investimentos em saúde e educação.