A deputada estadual Luciana Genro, do PSOL, usou a tribuna do Plenário da Assembleia Legislativa para falar sobre as prisões do ex-presidente Michel Temer, do ex-ministro Moreira Franco e do coronel Lima, nesta quinta-feira (21/03).
A Justiça afirmou que Michel Temer é chefe de organização criminosa há 40 anos. Sua prisão foi baseada em uma denúncia de corrupção envolvendo a construção da Usina de Angra 3. Em seu pronunciamento, Luciana Genro destacou que ainda faltam prender outros políticos como Eliseu Padilha, ex-chefe da Casa Civil e um dos principais nomes do governo, e da cúpula do PSDB, caso do hoje deputado federal Aécio Neves.
– Temer vinha sendo investigado por diversos esquemas ilícitos e se utilizava de outras corrupções para se livrar das investigações. Michel Temer e Moreira Franco chegaram ao poder a partir de um golpe parlamentar, que promoveu medidas absolutamente nefastas aos interesses do povo, como é o caso da Reforma Trabalhista, que favorece a precarização das condições de trabalho, dos baixos salários e da continuidade do desemprego.
Temer também foi responsável pelos primeiros ataques da Reforma da Previdência e por encaminhar a PEC do Teto de Gastos, que congela os gastos públicos e precariza ainda mais a saúde, a educação e a segurança da população.
A deputada defendeu a importância do povo tomar as rédeas da política e a articulação de uma esquerda que seja coerente e comprometida com a luta do povo, que exija ainda a investigação das denúncias contra o governo Bolsonaro.
– O povo tem que tomar a política e lutar contra a corrupção no Brasil, lutar por Justiça. Temos que ter uma esquerda que não aceite governar com os esquemas de corrupção e nem com os grandes empresários. Nós do PSOL queremos estar no centro desta tarefa, fazendo as denúncias desses esquemas de corrupção e denunciando o governo Bolsonaro e sua política entreguista ao governo norte-americano.