Na propaganda Bolsonaro diz que a reforma da Previdência é para igualar pobres e ricos. Isso é uma mentira. A proposta de Bolsonaro ataca direitos dos trabalhadores, das mulheres e dos idosos. O governo quer mexer justamente nas aposentadorias mais baixas. A reforma não mexe nos privilégios de quem ganha mais. Até agora, não apresenta sequer uma proposta para modificar a aposentadoria dos militares.

Ao estabelecer uma idade mínima para se aposentar, o governo prejudica quem começou a trabalhar mais cedo, os trabalhadores de profissões que exigem mais esforço físico e os que têm menor expectativa de vida, geralmente os mais pobres. Além disso, quem quiser se aposentar com 100% do benefício vai ter que contribuir por 40 anos.

Nós vamos lutar muito contra esta reforma. Vamos dialogar com o povo, inclusive com quem votou no Bolsonaro e já está se decepcionando com este governo. Contem comigo nesta luta!

10 absurdos da Reforma da Previdência:

1- Cria uma idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres;

2- Aumenta a exigência sobre o tempo de contribuição. Para ter direito à aposentadoria integral será necessário contribuir 40 anos;

3- Retira o abono do PIS/PASEP (um salário mínimo por ano) das pessoas que recebem até dois salários mínimos. Na nova proposta o abono é exclusividade de quem recebe apenas um salário mínimo;

4- Estabelece a idade mínima de 60 anos para professores se aposentarem. Para professoras, além da idade mínima de 60 anos, aumenta o tempo de contribuição de 25 para 30 anos;

5- Aumenta o tempo de contribuição dos trabalhadores rurais de 15 para 20 anos e eleva a idade mínima das trabalhadoras rurais de 55 para 60 anos;

6- Eleva em 5 anos a idade necessária para idosos, sem condições de sustento, receberem um salário mínimo de Benefício de Prestação Continuada. Entre os 60 e os 70 anos, o idoso receberá apenas R$ 400;

7- Reduz a aposentadoria por invalidez de 100% da média salarial para 60%, para quem contribuiu por 20 anos;

8- Aumenta a alíquota de contribuição para os funcionários públicos, em no mínimo 14%, em Estados que alegam déficit financeiro;

9- Propõe um sistema de capitalização para que o trabalhador, que muitas vezes não consegue nem se sustentar com o salário que recebe, invista parte do seu dinheiro em uma aposentadoria privada;

10- Nenhuma mudança proposta para a aposentadoria de militares até agora.