Por Redação #Equipe50
As lideranças do PSOL no Rio Grande do Sul estiveram reunidas na manhã desta sexta-feira (19/02) com o chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, para solicitar informações a respeito da investigação sobre os desmanches de peças automobilísticas na Capital, deflagrada na terça-feira (16/02). A ex-deputada Luciana Genro, o deputado Pedro Ruas e os vereadores Fernanda Melchionna e Prof. Alex Fraga manifestaram preocupação com o fato – noticiado pela imprensa – de que um terreno da prefeitura de Porto Alegre foi cedido pelo governo municipal a um desmanche na Avenida Sertório, ao custo mensal de R$ 292,04.
– Confira aqui a íntegra do pedido de CPI
Para Luciana Genro, a informação publicada pela imprensa precisa ser profundamente investigada pela Polícia Civil. “Queremos ter certeza que a polícia está empenhada em investigar a relação entre a prefeitura e o terreno do desmanche. Há muitas pessoas precisando de moradia na cidade e a prefeitura tem uma agilidade enorme para pedir reintegração de posse de seus terrenos nesses casos, mas incrivelmente cede uma área na Zona Norte para um desmanche ilegal de peças”, comparou.
O deputado Pedro Ruas disse ao chefe de polícia que ficou “estarrecido” com a informação de que um terreno municipal foi cedido a um desmanche de peças. “Aquele caso foi descoberto, será que há outros? É uma obrigação nossa saber em que nível a prefeitura está colaborando com esse tipo de crime, somos fiscalizadores”, manifestou.
A bancada do PSOL na Câmara Municipal vai começar nesta sexta-feira a recolher assinaturas dos vereadores para protocolar uma CPI sobre o tema. A bancada quer, através da CPI, investigar as relações da prefeitura com os desmanches e fazer um levantamento da situação de todos os terrenos da prefeitura, para saber a quem estão cedidos e por quais valores.
Além disso, os parlamentares irão solicitar um pedido de informações à prefeitura a respeito da matrícula e de todos os dados do terreno onde está o desmanche. “Queremos saber quem, dentro da prefeitura, autorizou a cedência desse terreno para um desmanche. Mesmo que a área não fosse utilizada para uma operação criminosa, já seria um escândalo o pagamento mensal de apenas R$ 292,04 por um terreno na Avenida Sertório”, disse Fernanda Melchionna, líder da bancada do PSOL na Câmara.
O delegado Emerson Wendt disse que a Polícia Civil está investigando todos os aspectos relacionados aos desmanches alvos da última operação. “Posso firmar a certeza de que nós vamos investigar a relação de pessoas com os desmanches”, disse.