Aod interpela integrantes do PSOL gaúcho no Supremo
Ex-secretário foi alvo de suspeitas
Uma queixa-crime por calúnia e difamação foi a forma que o ex-secretário da Fazenda Aod Cunha encontrou para responder às acusações do seu envolvimento em um suposto esquema de caixa 2 denunciado pelo PSOL no mês passado.
Amparado por uma declaração do Ministério Público Federal (MPF) gaúcho que nega a existência de investigações relativas ao seu nome, Aod pediu ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) a responsabilização dos autores das denúncias: a deputada federal Luciana Genro, o vereador Pedro Ruas e o presidente do PSOL no Estado, Roberto Robaina.
– O ex-secretário sofreu muito com essas denúncias, tendo que dar explicações até hoje sobre o caso. O que queremos é o restabelecimento da verdade – argumentou o advogado de Aod, Gabriel Magadan.
A pena para o crime de calúnia é de seis meses a dois anos de detenção e multa. Para a difamação, a pena é de três meses a um ano, mais multa.
Aod também vai entrar na Justiça gaúcha com uma ação de reparação de danos morais e materiais. Magadan alega que a acusação de envolvimento em crime eleitoral, feita sem provas pelos líderes do PSOL, pode fazer o ex-secretário perder oportunidades de trabalho. Para efeito de cálculo da indenização, a ideia é apresentar propostas que Aod recebeu – com dados sobre a remuneração oferecida.
Aod acompanhará o desenrolar do processo dos Estados Unidos. Ele viaja no dia 24 para Nova York, onde pretende viver nos próximos meses, fazendo pós-doutroado na Universidade de Harvard.
Luciana Genro acredita que a partir de agora poderá se tornar parte da investigação que, segundo ela, tramita no MPF gaúcho e acessar o conteúdo das investigações.