Por Redação #Equipe50
A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, participou na noite desta terça-feira (23), em São Paulo, do Entre Elas: o protagonismo das mulheres em pauta, um bate-papo com artistas, intelectuais e blogueiras feministas. Entre as convidadas, estava a cantora e compositora, Marina Lima, que aproveitou a ocasião para declarar seu voto na presidenciável do PSOL. “As colocações da Luciana nos debates me surpreenderam. Eu estava desanimada, mas vi nos debates que tinha uma mulher que estava mostrando que era possível, uma mulher que falava em mexer no dinheiro dos ricos, que falava abertamente que era a favor da descriminalização do aborto, que falava que era preciso combater a homofobia. E falava tudo isso de uma maneira muito segura e clara. Eu votei na Dilma e voto no PT há anos, mas agora não voto mais. Não aguento mais essa pouca vergonha do partido. De nada adianta viver feliz num país onde ninguém é feliz. Meu voto é da Luciana. Ela é mulher e me representa”, disse Marina. O evento foi realizado no Espaço da Revista Cult, na Vila Madalena.Desde o começo da campanha, Luciana tem defendido a igualdade salarial entre homens e mulheres, o aumento de vagas em creches, a descriminalização do aborto, o parto humanizado, o direito das LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e transexuais) e a autonomia das mulheres, todas pautas históricas dos movimentos sociais feministas.
A cantora, compositora e percussionista Karina Buhr, que também anunciou o voto em Luciana durante o encontro, falou da desigualdade que existe entre homens e mulheres no seu meio. “Eles acham que somos piores, incompetentes, incapazes. Já me perguntaram em entrevista se as letras eram só minhas ou se eu tinha ajuda. Já repararam que nas lojas de cd’s os masculinos estão separados por gênero musical, enquanto os femininos estão todos juntos, como ‘cantoras’?”, afirmou.Luciana falou do fato inédito de três mulheres estarem disputando a presidência do Brasil, deixando claro que isso não significa que temos três candidaturas a serviço da mulher. “Hoje somos três disputando a presidência. Estamos diante de um avanço enorme, mas ainda temos muito o que caminhar. Pois de nada adianta ser mulher, é preciso estar do lado certo. A Dilma e a Marina são mulheres mas estão longe de conseguirem traduzir as demandas das mulheres. Muito se fala da importância das mulheres na política e no mercado de trabalho, mas não se criam condições para que elas tenham esse protagonismo. Nós somos a primeira candidatura feminista do Brasil, as outras duas são femininas, não feministas”, disse
A candidata gaúcha apontou a falta de comprometimento de Dilma com a criação de mais vagas em creches para que essas mulheres possam voltar a suas atividades e o fato de suas adversárias ignorarem que mais de 800 mil mulheres se submetem a abortos, muitas vezes clandestinos, por ano no Brasil. ” Se os homens parissem, o aborto seria algo legal no mundo inteiro”, afirmou Luciana.A filósofa Marcia Tiburi, uma das maiores entusiastas da campanha de Luciana Genro desde o início, foi a mediadora do encontro. Segundo ela, as mulheres só têm uma opção nessas eleições. “A Luciana é a única que defende propostas feministas de fato. As propostas dela são as mais acertadas para nós. Isso que dizer que a mulher que não votar na Luciana estará fazendo um voto errado”, pontuou.
A escritora Clara Averbuck, que já havia declarado apoio à Luciana, falou da importância da militância. “O nosso objetivo é mostrar porque o feminismo é importante. Essa é a primeira vez que apoio e participo de uma campanha. Faço isso agora porque acredito, porque tenho convicção. É fundamental que as mulheres percebam a importância de se colocar”, apontou.Também participaram do debate, as blogueiras Aline Valek e Maíra Kubík Mano.