Por Redação #Equipe50
“Queremos uma reforma agrária que seja efetivamente realizada limitando o tamanho da propriedade da terra e valorizando a pequena e a média agricultura, que são as que realmente produzem alimentos para as cidades”, disse a candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, nesta sexta-feira (5) ao visitar a sede nacional da CPT (Comissão Pastoral da Terra), em Goiânia, onde participou do Fórum Estadual de Reforma Agrária e Justiça no Campo. No encontro, a candidata se comprometeu com as pautas dos pequenos agricultores apresentadas pela Pastoral a todos os presidenciáveis.“Nem mesmo durante os momentos eleitorais os agricultores familiares camponeses e assentados contam com espaços efetivos nos programas de governo. As propostas para a agricultura concentram sua atenção em um segmento minoritário e somente nas atividades agrícolas voltadas à exportação. Como se não bastasse esta situação, muito do que é apresentado para o campo é uma agenda regressiva de direitos, que procura atacar os fundamentos constitucionais da reforma agrária, limitar o acesso dos indígenas e quilombolas à terra e restringir as políticas agrícolas a um único segmento no campo, justamente aquele que é responsável pela degradação do meio ambiente, o domínio latifundiário sobre a terra e a produção de commodities”, diz um trecho do documento enviado previamente aos candidatos à Presidência da República.
Luciana, inclusive, defendeu que a realização da reforma agrária pode ajudar a controlar a inflação. “Não precisamos controlar a inflação com altas taxas de juros. Podemos fazer isso aumentado a produção de alimentos, produzindo alimentos mais saudáveis e mais fartos para alimentar a população das cidades. Isso quem faz é o pequeno e o médio agricultor e não o grande latifundiário, o grande empresário do agribusiness. É por esse motivo que queremos mudar esse modelo, valorizar e incentivar a pequena e a média agricultura e colocar em prática a reforma agrária”, falou a candidata durante o encontro.Os trabalhadores do campo querem mudar a realidade, avançando no reconhecimento do campo como um lugar de vida, constituído de todos os elementos essenciais à cidadania: saúde de qualidade, lazer, esporte e com escolas munidas de infraestrutura para o aprendizado e a formação de crianças, jovens e adultos. Eles ainda defendem políticas para a produção de alimentos mais saudáveis, com foco na preservação do meio ambiente. “Os pequenos agricultores são os únicos que podem produzir alimentos de qualidade sem agrotóxicos para abastecer o mercado brasileiro, preservando a biodiversidade e garantindo uma diversificação de alimentos necessários para o equilíbrio alimentar”, afirma o documento.