No primeiro fim de semana de fevereiro, será realizado na França o Congresso do NPA – Novo Partido Anticapitalista, uma sigla socialista e democrática com características semelhantes ao PSOL. Luciana Genro estará presente, representando MES/PSOL e a nossa presidente, Heloísa Helena.
Trata-se de um acontecimento-chave para a esquerda européia e mundial. É um importante passo para avançar na reorganização dos socialistas e para a construção de um partido que responda às novas demandas impostas pela globalização capitalista e pela bancarrota dos partidos social-democratas e euro-comunistas na Europa. Fenômeno semelhante ao ocorrido no Brasil, quando o PSOL foi fundado como resultado da falência do PT.
Sua importância reside também no fato de que a Europa é, sem sombra de dúvida, o continente onde o atual pensamento socialista tem mais tradição e história. E a França é seu país com mais riquezas em termos de movimentos sociais, rebeliões, grandes manifestações e, historicamente, grandes revoluções.
O mérito pela iniciativa é da LCR – Liga Comunista Revolucionária Francesa, organização que tem como figura pública o carteiro Ollivier Besancenot e que foi dissolvida para construir o novo partido. Esses companheiros têm reconhecido a experiência do PSOL, o que influiu haver esse passo transcendental. Daqui em diante, abre-se um caminho de cooperação e trabalho conjunto entre nossas organizações. Uma primeira iniciativa é a convocatória para a reunião dos partidos de esquerda no FSM, em Belém.
Em sua Declaração de Princípios, o NPA se define, como o PSOL, pelo internacionalismo, e defende a necessidade de se criar, neste novo período histórico, uma organização internacional que agrupe os socialistas e anticapitalistas. Essa tarefa é um desafio que o PSOL também terá que assumir.
Pedro Fuentes, secretário de Relações Internacionais do PSOL