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Dando continuidade à série de audiências públicas sobre intolerância religiosa que vem realizando pelo Rio Grande do Sul, a deputada Luciana Genro (PSOL) leva o debate para a região Norte do estado no dia 4 de dezembro (quinta-feira). A audiência ocorre pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, em parceria com os mandatos da Bancada do PT, com as vereadoras Eva Valéria e Marina Bernardes, a partir das 18h30 na Câmara de Vereadores de Passo Fundo.

“A intolerância religiosa atenta diretamente contra os direitos humanos e precisa ser enfrentada com seriedade. Temos circulado por várias cidades do Rio Grande do Sul e recebido relatos extremamente preocupantes. Agora, queremos escutar a comunidade de Passo Fundo e da região Norte para garantir que essas agressões não passem impunes e que o Estado atue com mais eficiência na defesa da liberdade religiosa”, destacou Luciana Genro. Nos últimos meses, a deputada já promoveu audiências públicas sobre o tema em Porto Alegre, Cachoeirinha, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Viamão, Cachoeira do Sul e Canoas.

A deputada tem se firmado como uma importante defensora dos povos de terreiro no estado, atuando de maneira firme contra a intolerância e o racismo religioso. Seu mandato tem trabalhado para valorizar e dar visibilidade às religiões de matriz africana, reforçando a luta por dignidade, respeito e livre exercício da fé.

Luciana Genro é autora da Lei nº 16.122/2024, que cria o Dia Estadual do Tamboreiro, do Alabê, do Ogã e do Tata, celebrado em 15 de setembro, uma homenagem à força e à importância de quem mantém vivos os fundamentos das tradições afro-brasileiras. Vale lembrar que o Rio Grande do Sul possui a maior concentração de terreiros do Brasil, mais até que estados historicamente reconhecidos como Bahia e Rio de Janeiro.

Entre as propostas legislativas em tramitação por iniciativa da deputada, estão ainda os projetos que reconhecem como patrimônio histórico e cultural do estado os Assentamentos de Bará localizados em Porto Alegre e Pelotas. Na capital, o projeto já foi aprovado pela Assembleia e aguarda a sanção do governador.

Entre suas iniciativas mais relevantes está a Cartilha do Povo de Terreiro, que já está na segunda edição, um material educativo sobre os orixás e tradições afro-brasileiras, produzido em parceria com lideranças religiosas. Distribuída gratuitamente em diversas regiões, a cartilha se tornou uma ferramenta fundamental para combater preconceitos e ampliar o conhecimento sobre saberes ancestrais. Para solicitar a cartilha ou enviar uma demanda ao gabinete, entre em contato pelo WhatsApp: (51) 99265-0578.