A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) protocolou nesta terça-feira (1º) um ofício à secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, exigindo informações e providências urgentes sobre a situação da Escola Estadual de Ensino Fundamental Irmãos Andradas, localizada no município de Canguçu, no sul do Estado. A estrutura da escola encontra-se comprometida, especialmente o telhado, e a obra de reforma contratada segue paralisada, mesmo após quase dois meses da assinatura do contrato com a empresa responsável.
“É inaceitável que uma escola funcione sob risco estrutural, com salas interditadas e estudantes tendo aula em locais improvisados. Estamos falando de crianças e profissionais da educação expostos a condições precárias, por pura negligência do governo estadual em acompanhar e cobrar o cumprimento do contrato. São muitos os problemas em escolas estaduais que eu venho cobrando do governo, nos mais diversos municípios. A educação precisa ser prioridade”, denunciou a parlamentar.
De acordo com moradores da cidade, os problemas estruturais se intensificaram desde o ano passado, com infiltrações constantes e riscos à segurança da comunidade escolar. A situação se agravou com a demora no início da obra e, enquanto isso, as aulas seguem em espaços temporários, como o refeitório, a biblioteca e até a sala dos professores.
O documento questiona quais medidas estão sendo tomadas para viabilizar o início imediato das obras, qual é o novo cronograma previsto para a conclusão da reforma, e quais ações estão sendo adotadas para garantir segurança e continuidade pedagógica durante esse período. A deputada também questiona se houve fiscalização da obra por parte da Secretaria ou da Coordenadoria Regional de Educação, e quais foram os resultados dessa fiscalização, caso tenha ocorrido.
Para Luciana Genro, a situação exige resposta rápida e comprometida do governo estadual com a educação pública. “Não basta anunciar obras, é preciso garantir que elas comecem, avancem e sejam concluídas com responsabilidade. O governo tem o dever de assegurar que nenhuma criança esteja estudando em condições precárias, e que os profissionais tenham um ambiente de trabalho digno,” enfatizou.
Confira o ofício na íntegra: