A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) esteve no bairro Fazenda da Esperança, em Cachoeirinha, atendendo a um chamado da população local. Moradores das comunidades Meu Rincão, Fazenda da Esperança e Campo Belo denunciaram o abandono por parte da prefeitura e pediram apoio do mandato para pressionar por melhorias urgentes.
Acompanhada de Lucas Cardoso, assessor do mandato e presidente do PSOL em Cachoeirinha, e das lideranças Carlos Henrique e Cátia Fandazo, Luciana ouviu uma série de reclamações e reivindicações diretamente dos moradores.
A região sofre com a ausência de serviços públicos essenciais. Não há posto de saúde para atendimento básico, obrigando a população a percorrer longas distâncias em busca de auxílio médico. Segundo relatos, a Secretaria Municipal de Saúde chegou a disponibilizar uma van para facilitar o acesso, mas o transporte foi descontinuado.
A educação também é um desafio. Sem escolas na vizinhança, crianças e adolescentes precisam estudar em bairros distantes — e, em alguns casos, até em Canoas, município vizinho. A precariedade do transporte coletivo agrava a situação: após as 8h da manhã, não há mais linhas que conectem o bairro a Porto Alegre. A escassez de horários, a má conservação dos ônibus e as tarifas elevadas dificultam o deslocamento diário, especialmente de quem trabalha na capital.
As tarifas de água e energia elétrica são outro ponto crítico. Contas de luz que ultrapassam os R$ 300 são comuns, mesmo em residências pequenas e com pouca permanência durante o dia. A qualidade da água é tão ruim que muitos moradores afirmam não conseguir usá-la nem para cozinhar, devido ao excesso de cloro.
Além disso, a falta de infraestrutura urbana contribui para constantes alagamentos. O bairro foi projetado para cerca de 3 mil residências, mas vem crescendo de forma desordenada, com novos condomínios e construções sem o devido preparo do solo e da drenagem.
Diante desse cenário de descaso, Luciana se comprometeu a levar as denúncias à Assembleia Legislativa e a solicitar uma reunião com a prefeitura de Cachoeirinha. O objetivo é garantir que a comunidade receba respostas concretas e ações imediatas para enfrentar os problemas que afetam sua dignidade e qualidade de vida.
“É inaceitável que os moradores sejam deixados de lado como se não existissem. A população da Fazenda da Esperança e dos bairros vizinhos está sendo obrigada a sobreviver sem o mínimo de dignidade: sem saúde, sem educação, com transporte precário e contas altíssimas de água e luz para serviços que sequer funcionam direito. Isso é reflexo do abandono histórico da periferia e da ausência de planejamento urbano. O nosso mandato está aqui para ajudar a comunidade a cobrar das autoridades o que é um direito básico: acesso a serviços públicos de qualidade. Vamos pressionar a prefeitura de Cachoeirinha para que dê respostas aos moradores”, destacou Luciana.