EEEF Humaitá
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| Educação

Apesar de ser um local que representa o ponto de encontro da comunidade, atendendo crianças e adolescentes da Vila Ipê São Borja e arredores, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Humaitá sofre com alagamentos constantes. A deputada Luciana Genro (PSOL) esteve na escola, junto com a Associação de Mães Mãos à Obra e com militantes do PSOL para escutar as demandas da instituição e da comunidade.

Atualmente a Escola Humaitá atende 305 estudantes do ensino fundamental, todos moradores do entorno. O bairro sofre com a insegurança do tráfico de drogas, fazendo com que a escola seja um porto seguro para os alunos, mães e pais.

“A escola tem esse papel de não apenas fornecer ferramentas de aprendizado sobre cada disciplina, mas também ser um local de criação de consciência social, de segurança, de afetividade. E a Humaitá oferece tudo isso, mas infelizmente falta estrutura para lidar com os alagamentos”, avaliou Luciana Genro.

Além de ser atingida pela enchente de maio, a escola sofre com alagamentos constantes, bastando uma chuva de 30 minutos. Para tentar resolver o problema, a equipe escolar contrata um caminhão para sugar o esgoto a céu aberto que fica no pátio, que custa cerca de R$3 mil e resolve o problema por 15 dias. “Muitas vezes os alunos chegam aqui pela manhã e a escola está seca, mas é só cair uma chuvinha que elas saem com água na canela, por conta do esgoto a céu aberto”, afirmou Aline Bittencourt, diretora da Humaitá.

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A situação do esgoto é fruto da falta de saneamento básico adequado do bairro, formado pela Ocupação São Borja. Desde sua fundação, os moradores lutam pela regularização das moradias, para que possam solicitar condições de saneamento adequadas para o DMAE. O esgoto a céu aberto, além de causar alagamentos, também representa foco do mosquito da dengue.

A escola também padece com falta de recursos para a manutenção, recebendo R$ 3 mil mensais da Secretaria Estadual de Educação. Essa verba não é o suficiente para garantir toda a estrutura da escola, que já possui um prédio abandonado. A diretora explicou que, se o prédio tivesse condições de funcionar, a escola poderia oferecer educação integral, pois conseguiria ter salas de aulas suficientes para todas as turmas no contraturno.

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“Todas as melhorias que fazemos aqui na escola são fruto do trabalho coletivo da comunidade escolar. Conseguimos revitalizar a pracinha, melhorar as estruturas, com o fundo que fizemos para a escola, pois o dinheiro enviado para cá muitas vezes não garante nem o corte de grama”, ressaltou Aline.

Luciana Genro também foi convidada a responder algumas perguntas elaboradas pela turma de 7° ano, a convite do professor Gabriel Graz, de História. O professor instigou que seus alunos fizessem perguntas relacionadas a temas sociais, como o combate ao racismo, juventude trabalhadora, pessoas em situação de rua, educação, entre outros.

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A deputada irá encaminhar a situação para a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, para que representantes da escola levem suas demandas para os deputados, que podem fazer cobranças ao governo estadual.