Na reunião também estiveram presentes o diretor do Observatório Racial do Futebol, Marcelo Carvalho e o coordenador do Movimento Vidas Negras Importam, Gilvandro Antunes.
Na reunião também estiveram presentes o diretor do Observatório Racial do Futebol, Marcelo Carvalho e o coordenador do Movimento Vidas Negras Importam, Gilvandro Antunes.

| Antirracismo

Visando a implementação da Lei Vini Jr no Rio Grande do Sul e expansão da política antirracista, a deputada Luciana Genro se reuniu com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF), representada pelo presidente Luciano Hocmans. A Lei 16.143/2024, de autoria da deputada, foi sancionada pelo governador Eduardo Leite no dia 8 de julho e prevê o Protocolo de Combate à Discriminação a ser aplicado em esportes no Rio Grande do Sul, em caso de suspeita de racismo, injúria racial e LGBTfobia.

“Por ser de responsabilidade da arbitragem parar ou suspender o jogo, é essencial que tenhamos um diálogo com a Federação Gaúcha de Futebol, para que se tenha um incentivo ou até mesmo um treinamento para os árbitros e árbitras terem confiança de atuar num momento delicado como esse”, afirmou Luciana Genro.

Luciano Hocmans, presidente da FGF, se comprometeu em incentivar a implementação da lei o mais breve possível, encaminhando a orientação para os árbitros e para os times de futebol do Rio Grande do Sul. “É fundamental que a gente avance na política antirracista no futebol, e para isso, além da norma da FIFA, uma lei que avança no sentido penal no nosso estado é muito importante”, destacou Luciano.

Na reunião também estiveram presentes o diretor do Observatório Racial do Futebol, Marcelo Carvalho e o coordenador do Movimento Vidas Negras Importam, Gilvandro Antunes.

Marcelo explicou a dificuldade da implementação da norma da FIFA sobre o combate ao racismo. “Atualmente, a norma da FIFA pensa no combate ao preconceito de uma forma coletiva, quando é realizado por várias pessoas. Quando é individual, a norma não prevê punições para que isso não aconteça. Ou seja, um sujeito é racista durante um jogo, e não há mecanismos o suficiente para que ele seja identificado e punido”, concluiu o diretor do Observatório.