Em cidades onde a água já baixou, é possível ver que muitas casas foram destruídas. Foto: Mauricio Tonetto / Palácio Piratini
Em cidades onde a água já baixou, é possível ver que muitas casas foram destruídas. Foto: Mauricio Tonetto / Palácio Piratini

| Direitos do consumidor

A deputada estadual Luciana Genro, líder da Bancada do PSOL na Assembleia Legislativa, oficiou o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal solicitando ações de prevenção e combate a aumentos abusivos dos alugueis no Rio Grande do Sul. A iniciativa leva em consideração o cenário de alta demanda que irá surgir em virtude das enchentes, que retiraram 408,1 mil gaúchos de suas casas – dos quais 70.772 mil estão em abrigos e 337.346 nas casas de familiares ou amigos.

“Os desalojados não vão ficar em abrigos ou na casa de parentes para sempre, muitos vão encontrar no aluguel uma saída enquanto buscam reconstruir suas vidas. Por isso é preciso fiscalizar o mercado para que não ocorram aumentos abusivos”, explicou a deputada.

Luciana Genro ainda alerta para a necessidade de que as imobiliárias se adaptem à emergência climática e sejam mais flexíveis nos contratos. “As imobiliárias vão precisar ter sensibilidade social e flexibilidade contratual neste momento. Não dá para amarrar os desalojados em contratos de dois anos ou um ano. Muitos vão querer um aluguel por seis ou três meses, enquanto organizam suas vidas, mas essa opção praticamente inexiste no mercado imobiliário hoje em dia”, pontuou.

A parlamentar espera que o MPE e o MPF fiscalizem o setor e inibam práticas abusivas que possam vir a surgir.