O PSOL de Porto Alegre confirmou sua indicação de chapa para disputar a prefeitura da Capital. A deputada estadual Luciana Genro e a servidora pública Tamyres Filgueira serão as pré-candidatas do partido, respectivamente, a prefeita e vice-prefeita nas eleições de 2024.
A definição ocorreu neste domingo (3) durante o congresso municipal da sigl. No encontro, o vereador Roberto Robaina foi reeleito presidente do PSOL de Porto Alegre.
Segundo o partido, a apresentação dos nomes para a prefeitura não “encerra as discussões sobre a unidade da esquerda em oposição ao atual prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, candidato à reeleição”. A legenda afirma que, junto com a Rede, quer trabalhar para se unir à Federação de PT, PCdoB e PV.
“O congresso reconheceu a legitimidade do lançamento de Maria do Rosário pelo PT, mas apontou que o nome de Luciana Genro é o melhor para encabeçar a chapa. Para resolver a questão, o evento definiu que o melhor caminho é a realização de prévias com a participação dos apoiadores desse movimento democrático e dessa aliança. A escolha do nome, porém, não pode ser um empecilho. O programa, sim, é determinante”, diz o PSOL.
“Vou trabalhar pela unidade com o PT. Para isso, é fundamental um programa democrático de corte popular. Esse acordo ainda não temos. Mas confio que ocorra”, afirmou a deputada estadual Luciana Genro.
“Não é uma discussão de programa para envolver meia dúzia de dirigentes, queremos envolver toda a militância. É um debate que vai exigir elaboração. Um dos pontos defendido é a tarifa zero”, completou Robaina.
Na avaliação do PSOL, a chapa reúne a experiência da deputada Luciana Genro, fundadora do partido, e a renovação de Tamyres, mulher negra, liderança sindical da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que já foi cobradora da Carris e participou das Jornadas de Junho de 2013.
“A indicação do meu nome é uma vitória do povo que sempre é excluído da política. O PSOL está garantindo o espaço do povo negro trabalhador na disputa por uma Porto Alegre que defenda os interesses do nosso povo, que é o contrário do que faz o prefeito Melo. Precisamos de uma Porto Alegre com tarifa zero, com vagas em creches, que defenda os territórios quilombolas e indígenas”, defendeu Tamyres.