A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) compareceu ao Encontro de Escolas realizado pelo 39º Núcleo do CPERS. A reunião teve a presença de diretores das escolas estaduais de ensino fundamental, professores e mães de alunos. Os profissionais da área da educação são contra o plano da Secretaria de Educação (Seduc) e do Governo de tornar municipais oito escolas estaduais que atendem entre 1º e 5º ano, como primeira etapa e depois, toda essa modalidade de ensino até 2026. O projeto também visa realizar parcerias público-privadas, com contratos de 20 a 30 anos em 100 escolas do estado, o que é uma decisão absurda para as escolas públicas.
A Diretora Geral do 39º Núcleo do CPERS e Vice-Presidente do PSOL, Neiva Lazzarotto reforçou que esse plano não possui base alguma: “nossas escolas têm sonhos, nossas escolas têm projetos, por que não focamos nisso? Por que fechar uma escola se já tem pessoal ali? Vamos aproveitar, não precisamos descartar as nossas escolas”, pontuou, destacando que diversos projetos das escolas são ignorados pelo governo, combatendo o argumento da Seduc de que há espaço ocioso em escolas com poucos estudantes da rede estadual.
A mobilização dos profissionais e da comunidade ao redor dessas escolas é fundamental para a luta contra essa privatização mascarada do ensino público. “A força da mobilização é o que vai poder nos dar a condição de avançar, nós sabemos o projeto de sucateamento dos serviços públicos que o governo tem realizado, na educação e em todas as áreas. A gente vai precisar das comunidades para poder fazer essa luta, precisamos fazer essa mobilização”, ressaltou Luciana Genro.
Uma professora da Escola Anita Garibaldi, uma das escolas presentes no plano de municipalização, que esteve presente em reunião com a Secretaria falou que a experiência foi pouco esclarecedora, já que as perguntas dos educadores foram respondidas de forma confusa ou então desconversadas. Ela também relata que a Secretária de Educação disse que eles deveriam “desapegar” das escolas, mas “desapegar das escolas é desapegar dos alunos, das mães, de todo o trabalho que é feito”, argumentou a professora.
Luciana Genro se colocou à disposição dos profissionais da educação para auxiliar nessa luta, levando o assunto para debate e cobrando os órgãos responsáveis.