A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) vem acompanhando as demandas do CTG Guardiões do Rio Grande, que funcionou por 20 anos no bairro Partenon e, após ser obrigado a desocupar o prédio onde realizava suas atividades, passou a atuar na Restinga. O CTG teve início em uma área da Polícia Civil e nasceu dentro da corporação, sendo fundado por policiais civis.
A área onde o CTG nasceu era onde originalmente funcionavam as antenas de rádio da polícia, mas com o passar dos anos, o espaço tornou-se obsoleto com a digitalização do serviço. Mas o CTG seguiu no local por mais alguns anos enquanto o local era mantido por um grupo de funcionários do Departamento de Telecomunicações da Polícia Civil.
“Com o tempo, eles também saíram e o CTG passou a cuidar e zelar do espaço, com corte de grama, cuidado ao prédio oficial que tem lá, cercamento, portão eletrônico. E íamos realizando nossas atividades culturais e ações sociais, até que a PC pediu que desocupássemos o lugar, pois entregariam para o Estado. A Polícia Civil argumentou não ter interesse em manter o local”, explica Cacau Ribeiro, Comissária de Polícia Aposentada e Patroa do CTG Guardiões do Rio Grande.
Atualmente, o Centro realiza suas atividades num imóvel cedido pelo município no bairro Restinga, mas Cacau afirma que mesmo esse local não é garantido, visto que é cessão de outra entidade cultural.
“Nosso desejo é termos uma sede própria, onde possamos ter a tranquilidade de executar nosso trabalho de uma forma legalizada. Mantemos nossa ligação com a PC através de ações, como o acendimento da Chama Crioula no Palácio da Polícia nos Festejos Farroupilhas. E sabemos que a área no Partenon está abandonada, foi invadida, depredada, puro mato”, lamenta Cacau. O CTG está disposto a assumir a área e as despesas pertinentes (água,luz, manutenção, segurança).
Luciana Genro enviou ofício para a Secretaria de Cultura do Estado com a demanda por uma sede para o CTG, após a Secretaria de Planejamento e Gestão informar ser necessário que a própria entidade procurasse um local dentre os imóveis do Estado. “Queremos que o CTG possa ter uma sede própria com maior segurança para seguir realizando seu trabalho, em uma região mais próxima à que funcionava anteriormente, pois já tinham uma conexão com os moradores do Partenon”, aponta a deputada.
Considerando o importante trabalho social realizado pelo referido CTG e a necessidade de dispor de um espaço adequado para desenvolvimento de suas atividades, a parlamentar solicita reunião da Secretaria de Cultura com representantes do seu mandato e do CTG para discutir alternativas.
Confira a íntegra do ofício: