Soldados da Brigada Militar têm procurado o mandato da deputada Luciana Genro (PSOL) com denúncias a respeito de exigências de realização de abordagens policiais arbitrárias, que estariam ocorrendo na cidade de Guaíba. A deputada oficiou o Comandante-Geral da Brigada Militar, Cel. Cláudio dos Santos Feoli, solicitando providências para apurar o exposto pelos policiais.
Segundo os relatos, as abordagens são exigidas de forma a “fazer número” e aumentar a produtividade do Batalhão, mesmo que sem nenhuma suspeita. De acordo com o informado, os brigadianos que contestam ou se negam a realizá-las, sofrem com constantes ameaças de punições, também direcionadas para aqueles que não cumprem as metas estabelecidas. Além disso, teria sido retirado o direito a folgas e trocas de turno entre os servidores.
“As informações recebidas afirmam que há crescente assédio moral aos praças, que se veem desamparados, sem descanso digno e, em tese, recebendo orientações que não condizem com o trabalho policial militar. Além de gerar enorme insatisfação, uma vez que enfrentam desgastes por longos períodos sem folga, a situação levou ao crescimento do número de afastamentos por saúde mental no Batalhão,” destacou Luciana Genro.
A parlamentar pediu providências e destacou a gravidade da situação, em especial no que diz respeito ao risco à saúde dos policiais, manifestando profunda preocupação com os relatos recebidos, que afetam diretamente uma tropa já pressionada e desvalorizada. Ressaltou a necessidade de urgência na averiguação das denúncias e análise das medidas cabíveis que assegurem a saúde dos policiais do 31º BPM.