A comunidade da Escola Estadual de Ensino Fundamental Padre Jaeger, de Canoas, está mobilizada pela reforma do saguão, que está interditado, e também contra o encerramento do turno da tarde – decisão que já está sendo implementada pelo governo. Na quarta-feira (12/07), a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) visitou a escola e reforçou a cobrança pelas melhorias e pela manutenção de todos os turnos de ensino. O assunto será pautado pela parlamentar na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa após o fim do recesso parlamentar, no início de agosto.
Luciana Genro encaminhou, no dia 11, um ofício à Secretaria Estadual de Educação (Seduc) solicitando informações sobre o processo da obra e um cronograma dos trabalhos. “É uma situação dramática, pois tem alunos deixando a escola por causa dos problemas estruturais. A comunidade espera há mais de um ano por essa reforma, que até agora não chegou. É preciso que o governo olhe para a Escola Padre Jaeger e valorize de fato a educação e os educadores”, disse a deputada.
A justificativa da Seduc para promover o fechamento do turno da tarde é a baixa procura de alunos para este horário. Contudo, a própria escola realizou uma pesquisa com 500 integrantes da comunidade, e os resultados apontam que 80% dos entrevistados avaliam que o dano estrutural no saguão contribuiu para que estudantes troquem a Padre Jaeger por outra instituição. Além disso, 94,2% veem a eliminação do turno da tarde como algo ruim para os alunos e a comunidade.
De acordo com o diretor Celso Thremel da Luz, a Escola Padre Jaeger existe há 61 anos na Vila Rosa, em Canoas, e atende a 183 alunos. Há um grande temor na comunidade que, com a política de encerrar o turno da tarde, o governo esteja, na verdade, preparando o terreno para fechar completamente a instituição.
A escola possuía turmas do 1º, 4º e 6º anos no turno da tarde. Contudo, por decisão do governo o 1º ano já passou para a parte da manhã e o mesmo acontecerá com o 6º ano aós o dia 18 de agosto. “Como vamos segurar só uma turma no turno da tarde? As três turmas precisam ser mantidas”, cobra Denise Lussani Pacheco, mãe de um aluno do 4º ano, que está mobilizada junto com outros pais e mães para manter o turno da tarde em funcionamento.
No ofício enviado à Seduc, Luciana Genro questiona se o processo para realizar a obra no saguão já está em andamento, quais as razões para o atraso de mais de um ano na reforma, além de pedir um cronograma apontando as ações executadas para resolver o problema, quem são os responsáveis e qual a previsão de conclusão das obras.
Leia a íntegra do ofício