Situação atual da escola: estrutura para instalar os contêiners foi colocada, mas a instalação ainda não foi feita.
Situação atual da escola: estrutura para instalar os contêiners foi colocada, mas a instalação ainda não foi feita.

| Educação | Notícias

A deputada Luciana Genro (PSOL) está questionando o governo do Rio Grande do Sul a respeito de uma escola indígena no interior do estado que conta com diversos problemas estruturais. Na Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental Monte Caseros, localizada em Ibiraiaras, na região Norte do RS, os estudantes atualmente estão com aulas remotas, após a queda de uma árvore em janeiro de 2022 que interditou a instituição.

A escola dispõe de apenas duas salas de aula, das quais a maior foi dividida ao meio para se tornar duas. É um número muito pequeno para os 126 alunos, fazendo com que uma das turmas tenha que ser atendida na varanda. Ainda em dezembro de 2021, Luciana Genro questionou a Secretaria de Educação (Seduc) a respeito da escola, ocasião em que o governo informou que teria sido incluída como Escola Padrão da Rede Estadual, no Programa Avançar RS.

Um ano e meio após essa informação ter sido dada, a situação não mudou. Em outubro de 2022, foi informado que a comunidade escolar teria aulas em contêineres provisórios até que as reformas fossem feitas, o que também não ocorreu. As salas atingidas pelo pinheiro foram justamente as que contemplam duas turmas, conforme explica o diretor, Ismael Luis Minozzo.

Parte do forro da escola ficou destruído após queda de um pinheiro no ano passado.

“Apesar de toda a urgência da situação, quase um ano e meio depois a situação não foi resolvida. Os alunos continuam tendo aulas de forma remota, mas muitos não possuem acesso às ferramentas que possibilitam a aula online. Os contêineres prometidos, mesmo que provisórios, não foram efetivados, ainda que a estrutura já esteja pronta para recebê-los. Da mesma forma, não houve o início das obras definitivas. É uma situação extremamente preocupante”, coloca Luciana Genro.

A parlamentar questiona a secretária de Educação, Raquel Teixeira, se está sendo instalada a estrutura provisória e qual o motivo para o atraso, assim como as razões para a demora nas obras definitivas. Também solicita um cronograma das obras e o que já foi feito por parte do Programa Avançar RS, visto que o governo informou a participação da escola em resposta a ofício anterior.

Confira a íntegra do documento enviado à Seduc: