A crise vivida pelo Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA), de Camaquã, será tema de uma reunião pública promovida pela Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores da Saúde, coordenada pela deputada estadual Luciana Genro (PSOL) na Assembleia Legislativa. A instituição, único hospital da cidade, acumula dívidas milionárias e vem demitindo os funcionários com o pagamento parcelado das rescisões.
A situação do HNSA foi apresentada a Luciana Genro em uma reunião na sede do Sindisaúde-RS nesta segunda-feira (28/11). A diretoria do Sindicato informou a deputada sobre a demissão de cerca de 70 trabalhadores, que está ocorrendo sem que seja paga integralmente a rescisão. “O parcelamento da recisão descumpre a convenção coletiva do Sindicato. Além disso, o hospital não vem pagando o FGTS há muitos anos”, disse Julio Jesien, presidente do Sindisaúde-RS.
Diante dessa situação, Luciana Genro irá mobilizar a Frente Parlamentar para que possa ocorrer uma reunião na própria cidade de Camaquã sobre o tema, convidando a Secretaria Estadual de Saúde, a prefeitura, a Câmara Municipal, o Sindisaúde-RS, a diretoria do HNSA e as autoridades dos demais municípios atendidos pela instituição. “Não podemos permitir que o único hospital de Camaquã permaneça nessa situação de crise, que prejudica tanto seus trabalhadores, que vem sendo demitidos e estão tendo seus direitos desrespeitados, quanto a própria população que precisa de um atendimento de qualidade”, disse a deputada.
O Hospital Nossa Senhora Aparecida atende majoritariamente pelo SUS, com 70% de seus procedimentos sendo feitos pela rede pública e 30% por convênios particulares – dentre eles, o IPE Saúde, que também possui dívidas com o hospital e representa um grande número de atendimentos por ser o plano de saúde dos servidores municipais de Camaquã.