Neste sábado (26) a deputada estadual Luciana Genro participou de uma reunião convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sapucaia do Sul (SINTESA) para tratar sobre a conjuntura educacional em Sapucaia do Sul. Participaram representantes da categoria e parlamentares do município, além de deputados estaduais e federais.
Luciana Genro destacou que os ataques sofridos pelos servidores de Sapucaia do Sul são reflexo de uma política nacional de desmantelamento do serviço público que coloca a culpa da crise nas costas dos servidores. Reforçou a importância da mobilização das bases e colocou o mandato a disposição dos profissionais da educação do município para encaminhamentos junto a Assembleia Legislativa.
“Com essa unidade de diversas forças políticas é possível incidir sobre o governo municipal, aliado com a mobilização e luta da categoria. Parabéns para vocês, que mesmo sem internet, sem autonomia, sofrendo ameaças à democracia, estão aqui se apropriando da política para incidir nos espaços de modo a serem ouvidos,” disse.
A presidente do SINTESA, Mirian Mattos, pontuou a falta de condições de trabalho dos professores em meio a pandemia, a ausência da eleição de diretores, as tentativas de cerceamento da atividade sindical, a falta de trabalhadores na higienização, a implementação de escolas cívico militares e a necessidade de luta e organização por parte da categoria. “A educação pública nunca parou, durante a pandemia. E a gente continua escutando que não estávamos trabalhando, sendo que estamos cada vez mais sobrecarregados e, infelizmente, a Secretaria de Educação tampa os ouvidos para isso,” desabafou a sindicalista.
A deputada federal Fernanda Melchionna explicou que, na prática, a PEC 32 é uma reforma trabalhista para o funcionalismo e que está diretamente ligada aos cerceamentos que estão sendo presenciados pelos trabalhadores da educação de Sapucaia. Disse, ainda, que todas as bandeiras do funcionalismo se unificam e se potencializam com a luta pelo Fora Bolsonaro. “Se a direita perde força a nível nacional, as prefeituras de direita, que reproduzem a mesma política, também perdem força,” completou.
Falta de testagem nos professores, o pagamento de insalubridade aos atendentes, falta de internet ou sinal ineficiente, dificuldades de planejamento e operacionalização das aulas foram somente alguns dos problemas levantados pelos educadores durante a reunião. O professor e também presidente do PSOL em Sapucaia do Sul, Laerte Ferreira da Silva, denunciou que a administração municipal perde tempo discutindo questões irrelevantes quando deveria demandar energia para pensar a reestruturação de escolas. “Mais do que nunca nos unir para combater todos esses retrocessos. O PSOL está sempre na linha de frente lutando pelo trabalhador e pelo servidor público. Estamos em todas as lutas, de punhos cerrados, ao lado da classe trabalhadora,” afirmou o professor.