A deputada Luciana Genro (PSOL) se reuniu com lideranças sindicais representantes dos servidores públicos para dialogar sobre o projeto do governo Leite de prorrogação das atuais alíquotas do ICMS. Ela expressou a sua preocupação de que a precarização do serviço público seja ainda maior no próximo ano caso o projeto não seja aprovado e haja uma queda na arrecadação. Na sexta-feira, a deputada conversou pessoalmente com o governador Eduardo Leite (PSDB).
Na conversa, Luciana destacou as inúmeras diferenças em termos de visão de Estado entre o PSOL e o PSDB mas reiterou que “a nós, e à população, não interessa o Estado mínimo. Nós queremos um Estado com capacidade de investimento e servidores com seus salários em dia.”
Luciana destaca que “ao não ter os votos necessários para a prorrogação, Leite procura a oposição. Sua busca não chega a ser um diálogo, mas nos possibilita garantir o básico aos servidores e foi nesse sentido que conversamos com os servidores e todos estiveram de acordo que é muito importante que a oposição se una para garantir que os salários dos servidores sejam mantidos em dia, que os dias das greves sejam pagos, e abrir um canal de negociação sobre outras pautas”, coloca Luciana.
A deputada também menciona que diminuir a arrecadação do Estado significa desestruturar ainda mais os serviços prestados à população e que se sabe que a redução de alíquota não vai devolver dinheiro para os consumidores. “Sabemos que apenas no caso da conta de luz é possível que haja alguma redução, mas nos alimentos e gasolina, evidentemente a redução da alíquota vai reverter em maior lucro para os revendedores, e não maior economia para os consumidores”, aponta.
Além disso, Luciana propõe um desafio ao governo: se a prorrogação não for aprovada devido à rejeição de sua base parlamentar neoliberal, que sejam as isenções fiscais para grandes empresas diminuídas e não os serviços públicos e os servidores penalizados. Esta, aliás, é sua crítica ao governo: ”Sempre quando tem ajuste é em cima das professoras, dos funcionários de escola, dos profissionais da saúde, dos brigadianos e policiais que não estão na da cúpula destas instituições. Não podemos aceitar esta lógica perversa.”