A deputada Luciana Genro (PSOL) e o deputado Luiz Fernando Mainardi (PT) começaram pela extinta FEE (Fundação de Economia e Estatística) as visitas aos funcionários das fundações desmontadas pelo ex-governador José Ivo Sartori. A iniciativa tem como objetivo consultar funcionários sobre os efeitos das extinções e elaborar um diagnóstico sobre o real impacto econômico da medida. A iniciativa também inclui a deputada Juliana Brizola (PDT), que enviou representante na visita desta quarta-feira (05/06).
Os parlamentares pretendem expor a situação à secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, na próxima segunda (10/06), data de uma reunião marcada na Assembleia Legislativa.
A FEE hoje é o Departamento de Economia e Estatística (DEE) e está vinculado à Secretaria de Planejamento. Os servidores entregaram um documento aos parlamentares, destacando os retrocessos causadas pela extinção da fundação, criada em 1973. Dois deles foram a interrupção da medição do PIB e o encerramento da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). Nenhuma das duas medidas gerou economia ao Estado, já que a primeira segue recebendo recursos do governo por meio de uma empresa terceirizada e a segunda era realizada com verbas do governo federal.
“A recriação da FEE não provocará gastos ao Estado, e trará de volta os serviços tão essenciais de pesquisa e estatística ao Rio Grande do Sul. O governador Eduardo Leite não tem o compromisso de seguir o que o Sartori fez, uma medida que não provocou economia na prática e apenas causou o desmonte das equipes de pesquisa e o deslocamento de funcionários para funções fora de suas áreas de atuação”, destaca a deputada Luciana Genro.
“Parece-me evidente que a extinção da Fundação gerou prejuízos para o Estado. O trabalho desenvolvido pela FEE não apenas era essencial para orientar políticas públicas e privadas, como sempre foi considerado um trabalho de excelência. Vamos retomar os esforços, juntos com outros deputados, para sensibilizar o atual governo sobre o erro de Sartori. A tão propalada economia que seria feita com a sua extinção não passava de discurso”, destaca o deputado Luiz Fernando Mainardi.