Esta sexta-feira marca o Dia Internacional da Mulher. Uma data que será celebrada mundialmente como um dia de luta por direitos e contra o feminicídio. No Brasil, o 8M, como está sendo chamado, marca também a oposição frontal ao governo de Jair Bolsonaro, a mobilização contra a Reforma da Previdência e a defesa de justiça para Marielle Franco, vereadora do PSOL-RJ assassinada há um ano.
O ato do dia 8 de Março em Porto Alegre está sendo organizado por mais de 50 organizações de mulheres. Na quarta-feira, dia 06/03, representantes de diversos destes coletivos realizaram uma coletiva de imprensa para falar sobre a mobilização.
Nina Becker, professora da Rede Emancipa, elencou os cinco eixos em que está estruturado o chamado para a manifestação do 8M na Capital: direitos reprodutivos e legalização do aborto; contra a violência e o feminicídio; contra a reforma da Previdência e em defesa dos direitos trabalhistas; justiça para Marielle; e oposição ao governo de Jair Bolsonaro.
“Não começamos nossa luta no dia 8 de Março e também não encerramos aqui. Seguimos unidas e fortes, sem soltar a mão de ninguém”, disse Nina.
A partir das 7h30 do dia 8 já estarão ocorrendo atividades no Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre. A programação contará com três grandes paineis ao longo do dia, todos protagonizados por mulheres. Às 10h haverá um debate sobre feminicídio, violência contra a mulher e direitos produtivos. Às 12h30 será realizado um painel sobre reforma da Previdência e perda de direitos. Às 15h ocorre uma mesa a respeito de soberania alimentar e defesa dos territórios. Toda estrutura do Largo estará coberta por uma tenda, possibilitando a realização das atividades mesmo em caso de chuva.
Por fim, às 17h tem início a concentração para a marcha, que sairá da Esquina Democrática. “Nós, mulheres, fomos linha de frente da oposição a Bolsonaro nestas eleições. Seguiremos mobilizadas nestes quatro anos, resistindo aos ataques deste governo neoliberal. Acreditamos que este 8 de Março vai ser uma retomada da luta que fizemos no #EleNão”, destacou Camila Goulart, vice-presidente do PSOL-RS.
Militante do movimento negro e do coletivo Juntas, Carla Zanella também esteve na coletiva de imprensa concedida pela organização do ato. Ela ressaltou a importância da luta por justiça para Marielle nas mobilizações do 8M em todo o Brasil. “Marielle representava a pauta dos direitos humanos e das mulheres negras. No dia 14 também estamos chamando um grande ato na Esquina Democrática para marcar um ano da morte de Marielle”, informou.