A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) participou nesta quarta-feira (20/02) da primeira reunião da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Em seu pronunciamento, ela destacou as lutas em defesa das mulheres, da comunidade LGBT e por moradia digna.
“São as pautas que refletem as maiores opressões, discriminações e dificuldades do cumprimento dos direitos humanos no Brasil”, considerou.
A deputada destacou os dados revelados recentemente pelo Grupo Gay da Bahia, que demonstram que 420 pessoas LGBTs foram assassinadas em 2018 no país. “O Brasil é um dos países mais brutais no tratamento à população LGBT. Em 2018 um LGBT foi morto no país a cada 20 horas. E apenas neste ano já tivemos 9 mulheres vítimas de feminicídio no Rio Grande do Sul”, disse.
Luciana Genro reforçou a história de luta da Comissão de Direitos Humanos em defesa das minorias e lembrou que, inclusive, já foi vice-presidente do colegiado em suas primeiras legislaturas como deputada estadual, nos anos 1990. “Essa comissão tem um grande papel e tem uma história. Eu já fui vice-presidente desta comissão quando seu presidente foi o deputado Marcos Rolim”, recordou.
Durante a sessão, o deputado Jeferson Fernandes (PT) passou a presidência da Comissão ao deputado Sérgio Peres (PRB), com quem Luciana Genro frisou ter divergências. “Eu já conhecia algumas posições publicizadas pelo deputado Sérgio Peres que contrariam algumas das ideias e das lutas que eu travo. Entretanto, acredito que é possível sim nós termos uma comissão de DH democrática e que acolha a todos”, comentou.
Os servidores da Comissão distribuíram aos deputados uma cópia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 70 anos.