Por Luciana Genro
Mesmo com o esforço dos policiais rodoviários, a falta de efetivo nas policias rodoviárias estadual e federal gera uma situação de insegurança nas estradas gaúchas. As vítimas de acidentes demoram horas para receber socorro e as emergências não são atendidas a tempo.
É comum que os postos da polícia rodoviária estadual tenham mais viaturas do que agentes, fazendo com que os veículos fiquem parados. São mais de 11 mil quilômetros de estaradas estaduais e apenas 616 policiais para fiscalizá-las, distribuídos em 38 postos. Os trabalhadores da Brigada Militar apontam que seriam necessários pelo menos mais 1,5 mil agentes.
Na Polícia Rodoviária Federal a situação também é dramática. São 710 policiais para cuidar de 6 mil quilômetros de rodovias, um contingente 30% menor que o necessário. Além de deixar vítimas de acidentes esperando por atendimento, a falta de efetivos prejudica a fiscalização dos motoristas imprudentes e estimula crimes nas estradas, como o roubo de cargas. Essa situação também coloca em risco a vida dos policiais, que precisam trabalhar em menor número e muitas vezes atuar sozinhos nas ocorrências e nos postos.
Para resolver esta situação é preciso investimento na contratação de novos policiais, com concurso público para preencher a vaga deixada por aposentados e por servidores que foram transferidos.