O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (STICC) promoveu ato no centro de Porto Alegre nesta segunda-feira para denunciar uma tentativa das empreiteiras em reduzir o acesso dos fiscais ao canteiro de obras para verificar as condições de trabalho dos operários. O retrocesso é um dos itens em debate no acordo coletivo deste ano que será mediado pelo Ministério Público do Trabalho nos próximos dias.
A candidata à prefeitura de Porto Alegre, Luciana Genro, já se posicionou sobre essa tentativa de retrocesso em recente encontro com representantes do STICC. “Recentemente tivemos um encontro onde manifestei minha posição e a do PSOL na defesa da valorização dos trabalhadores da construção civil e na luta contra a exploração, a informalidade e as condições de trabalho degradantes”, afirma.
De acordo com a entidade, 14 trabalhadores morreram nos canteiros de obras da Capital por falta de proteção no trabalho nos últimos quatro anos.
Segundo reportagem da Rádio Guaíba, que repercutiu um protesto do STICC realizado ontem no centro de Porto Alegre, 48% das pessoas do ramo da construção civil trabalham na informalidade. “Sabemos que Ministério do Trabalho não tem estrutura suficiente para verificar as condições de trabalho dos operários e por isso é tão importante que o sindicato continue com livre acesso aos canteiros de obra”, disse Luciana Genro.