Um grupo de guardas municipais de Porto Alegre se reuniu na noite de quinta-feira, 19 de maio, para debater propostas de melhoria e fortalecimento da instituição. Os guardas se encontraram com Luciana Genro, pré-candidata à prefeitura, e com a vereadora Fernanda Melchionna.
“A gente sabe que a Guarda pode fazer muito mais. Nossa preocupação é criar um ambiente de trabalho adequado, com autonomia profissional”, destacou Abel Silva.
A Guarda Municipal possui 900 cargos, dos quais 266 estão em aberto, indicando o déficit da categoria e a necessidade de realização de concurso público. Este foi um dos temas abordados no encontro, já que em 2008 a prefeitura realizou um concurso, mas não chamou todos os aprovados. Foram convocados 84 candidatos na véspera das eleições municipais de 2012, mas a nomeação não chegou a ser efetivada e muitos serviços de segurança têm sido terceirizados desde então.
Márcio, que também é Guarda Municipal, defendeu o fortalecimento do Núcleo de Ações Preventivas (NAP) da instituição, que atualmente conta com apenas dois servidores. “Hoje a Guarda não é útil, fica cuidando de paredes, janelas e portas. Não podemos fazer nada, mesmo fardados. Não temos contato com o DMLU, com a assistência social e com os Centros Administrativos Regionais”, lamentou.
Franklin comentou a respeito da política de videomonitoramento, explicando que é preciso de pelo menos um servidor para cada oito câmeras a serem monitoradas.
Luciana Genro falou sobre o processo de elaboração de um programa de governo para a cidade, que deve ser feito em conjunto com especialistas e profissionais de cada área. “Queremos criar um outro tipo de policiamento a partir do governo municipal. Uma polícia comunitária e territorializada”, disse.
Para Luciana, é preciso criar uma “Nova Guarda Municipal”, melhor equipada e melhor treinada, articulada com programas sociais de prevenção à violência e integrada com a Brigada Militar, a Polícia Civil e os agentes da EPTC.