Presidenciável do PSOL adere ao projeto Presidente Amigo da Criança da Abrinq
Por Redação #Equipe50
A candidata à Presidência da República do PSOL, Luciana Genro, assinou nesta quarta-feira (3) na capital paulista, o termo de compromisso com o projeto Presidente Amigo da Criança, da Fundação Abrinq. A campanha visa incentivar os candidatos a implementarem políticas públicas voltadas à melhoria das condições de vida de crianças e adolescentes. Lançado em 2002, este ano o projeto chegou à quarta edição.Ao assinar o documento, a candidata do PSOL assumiu vários compromissos ligados às áreas de saúde, educação, proteção social e HIV/Aids, que devem ser executados durante seu mandato. As metas estabelecidas e os indicadores monitorados no projeto tomam como base o compromisso assumido pelo Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e descritos no documento internacionalmente “Um Mundo para as Crianças”.
“Para que esses compromissos se tornem realidade, precisamos primeiro fazer uma mudança estrutural na política do país. E, independentemente do resultado das eleições, quero reafirmar aqui o nosso comprometimento com essa plataforma. Com certeza somos parceiros não importa o que digam as urnas”, disse Luciana.
A candidata do PSOL aproveitou para mostrar seu repúdio à chamada ‘guerra às drogas’. Segundo ela, esse modelo é extremamente prejudicial aos jovens, principalmente, aos pobres e negros. “Vários institutos internacionais já demostraram que ela fracassou e que a manutenção desse projeto só tem gerado mais violência e mais corrupção policial. Essa famigerada guerra às drogas, que na verdade, é uma guerra aos pobres, legitima a violência da polícia dentro das favelas e nas periferias. Os maiores atingidos são os adolescentes pobres, negros, com baixa escolaridade. Presos por tráficos, eles vão para dentro dos presídios e saem de lá ainda mais inimpregáveis. Acredita-se que é com violência que vai se combater o uso abusivo de drogas, quando na verdade a violência só gera mais violência”, defende Luciana.
A presidenciável, inclusive, disse que a própria lei atual é discriminatória. “Há uma diferenciação nebulosa entre usuários e traficantes. A lei não fornece critérios objetivos, pois não especifica a quantidade de droga necessária para que o sujeito, no momento da apreensão, seja classificado como traficante ou como usuário. Se o jovem apreendido é de periferia, é traficante, se é de classe média, tem mais chances de ser enquadrado como usuário”, declarou.
Dentre as propostas previstas pela Abrinq, destacam-se reduzir até 2018 a taxa de mortalidade infantil das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste ao mesmo patamar alcançado pela Região Sul, diminuindo assim as iniquidades regionais; oferecer 50% de vagas em creche para crianças de 0 a 3 anos; universalizar, até 2016, o acesso à pré-escola para crianças de 4 a 5 anos; prevenir e erradicar o trabalho infantil; promover estratégias visando à eliminação da violência doméstica e violência sexual cometidas contra crianças e adolescentes.