No Rio Grande do Sul, Yeda é massacrada por adversários
Maria Lima
PORTO ALEGRE – Foram duas horas de massacre. Os seis homens candidatos ao governo do Rio Grande do Sul marcaram impiedosamente a única mulher da disputa, a governador Yeda Crusius (PSDB), que enfrentou ao longo de seu mandato denúncias de corrupção que ela diz ter derrubado uma a uma. O embate maior foi com o candidato do PSOL Pedro Ruas, escoltado no debate pela deputada Luciana Genro, filha do candidato do PT ao governo, o ex-ministro Tarso Genro.
Mas não foram só os dois. Todos se uniram contra a tucana, que tentou reagir, foi socorrida por um bilhete do vice Berfran Rosado e encerrou reclamando que a carga foi pesada demais. Yeda disse que não responde a nenhum processo e explicou e derrubou uma a uma as denúncias que sofreu ao longo do mandato. E disse que seus acusadores estavam agindo por desinformação e má fé.
– São tantos contra uma. Doeu! Usam palavras como punhal! – disse Yeda em suas considerações finais.
O candidato do PSOL não se comoveu. Ele lembrou que os processos levantados pelo seu partido contra a governadora só não prosseguiram e resultaram em Impeachment, porque o PSOL não tem um representante na Assembléia Legislativa.
– Muito malandra! Ficou roubando o estado esse tempo todo e quer sair de vitima!
O candidato do PMDB , José Fogaça, também polarizou com Yeda, mas mais no campo das propostas. Já Tarso Genro alfinetou Yeda Crusius em várias oportunidades, questionando especialmente o fato de ter se isolado por causa dos problemas políticos com o vice Feijó, autor de denúncias de esquema de corrução no Detran.
– A governadora não pode viajar ao exterior para captar recursos,não pode deixar o cargo por causa do seu vice – ironizou Tarso Genro.
Já Aroldo Medina, do PRP, alfinetou Yeda pelo fato de ela ter lido um bilhete levado pelo seu vice Berfran para se defender dos ataques.
– A senhora tem que conversar mais com seu espelho para poder ter idéias próprias.