Lair e Cavalcante, os pivôs da crise
As denúncias do PSol já apontavam Lair Ferst e Marcelo Cavalcante como ‘captadores’ de recursos para a campanha de Yeda Crusius, que chegaram a arrecadar R$ 1,6 milhão junto a empresas. Parte teria ido para o caixa 2 e parte (R$ 400 mil), para a compra da casa da governadora, conforme o PSol. As informações são semelhantes e constam da entrevista à revista Veja, concedida por Magda Koenigkan, viúva de Cavalcante. Também a fonte era a mesma: gravações de vídeo de conversas entre os dois revelando uma série de repasses ‘indevidos por empresas que, mais tarde, teriam favorecimento no governo’.
PSol pode ampliar revelações hoje
As líderanças do PSol decidiram quebrar, hoje, o silêncio mantido todo o final de semana. Em entrevista coletiva, às 14h, eles vão avaliar a matéria da revista Veja e poderão ampliar as denúncias contra a governadora Yeda Crusius. O presidente do partido, Roberto Robaina, único a se manifestar publicamente, não quis adiantar mais nada sobre o tema da coletiva.
Perguntado se há possibilidades de que o PSol também venha a apresentar fatos novos, limitou-se: ‘Vamos esperar até amanhã’. A deputada Luciana Genro, o vereador Pedro Ruas e Robaina estarão juntos novamente para, segundo eles, como há quase três meses, quando divulgaram uma série de nove fortes denúncias. O estopim foi a morte do ex-assessor do governo Marcelo Cavalcante, em circunstâncias ainda não esclarecidas. Os líderes do PSol, à época das denúncias, foram fortemente criticados. Luciana Genro enfrentou até pedido de cassação, feito pelo deputado José Anibal, do PSDB, partido da governadora. O pedido foi negado e arquivado.