A Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, foi o palco de um grande ato realizado pelo PSOL nesta quinta-feira, 2. O ato, que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas, foi convocado para apresentar publicamente as posições do partido para combater a crise econômica, de forma que os trabalhadores e o povo não paguem pela crise, e também para avançar na luta contra a corrupção e as oligarquias que governam nosso país desde sempre. Foram apresentadas propostas contra o desemprego – por exemplo, o congelamento das demissões e a estatização das empresas que recebem dinheiro público e demitem – e contra a corrupção, como o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais, a revogabilidade dos mandatos e o fim do sigilo fiscal e bancário dos políticos e agentes públicos.
A presidente nacional do PSOL, ex-senadora Heloísa Helena, foi uma das presenças mais esperadas no ato, além do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, um dos símbolos atuais da luta contra a corrupção, que foi aclamado como “delegado do povo”. Também foi marcante a presença do ex-senador amapaense João Capiberibe, referência nacional e internacional nas lutas em defesa da Amazônia e contra a oligarquia dos Sarney em seu estado.
Estiveram presentes ainda os deputados federais do PSOL, Luciana Genro, Ivan Valente (SP) e Chico Alencar (RJ), e vários vereadores do partido. A Conlutas, com um representante dos metalúrgicos de São José dos Campos, base onde se localiza a Embraer, que está em luta contra 4,2 mil demissões, também falou na manifestação, assim como o companheiro Ciro Garcia, representando o PSTU. O deputado estadual do PDT/RJ, Paulo Ramos, também compareceu para homenagear o PSOL e comunicar que a Assembleia Legislativa do Rio vai conceder a Protógenes a Medalha Tiradentes.
O ato do PSOL foi uma vitória da esquerda e das forças progressistas e populares, uma sinalização clara de que se constrói no país uma alternativa política pela esquerda. Foi um passo fundamental que deverá ser seguido por novas iniciativas políticas que busquem credenciar o PSOL como parte da reorganização da luta popular e pelo socialismo.
Luciana Genro, deputada federal,
e Edilson Silva, presidente do PSOL/PE