Diretor afasta Protógenes da PF
O diretor da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, determinou o afastamento do delegado Protógenes Queiroz, ex-coordenador da operação Satiagraha, que levou à prisão o banqueiro Daniel Dantas. Corrêa decidiu afastar o delegado de suas atividades profissionais a pedido do delegado Rodrigo de Melo Teixeira, responsável pelo processo disciplinar que investiga suposta participação de Protógenes em atividades político-partidárias. ‘Recebo essa decisão com tranquilidade e indignação. Confio na Justiça do meu país e vou buscar prestação jurisdicional para trancar esse procedimento’, disse Protógenes.
O delegado é acusado de atuar na campanha do candidato derrotado do PT à Prefeitura de Poços de Caldas (MG), Paulo Tadeu Silva D’Arcádia, em setembro de 2008. Corrêa amparou sua decisão no artigo 51 do estatuto da PF, que prevê o afastamento por até 90 dias do policial investigado para ‘que este não venha influir na apuração de transgressão disciplinar’. Pelo processo disciplinar, Protógenes pode ser punido ainda com penas que vão de advertência à demissão.
A corregedoria da PF no Rio Grande do Sul deve decidir também nos próximos dias se abre outro processo contra Protógenes por participação em ato político promovido pela deputada federal Luciana Genro (PSol). O delegado nega qualquer vínculo político-partidário.
Luciana Genro quer CPI sobre universidade
A crise na Ulbra poderá ser tema de CPI em Brasília. A deputada federal Luciana Genro, do PSol, começou a coletar ontem as 172 assinaturas necessárias para instalar comissão na Câmara. ‘Não há condições políticas ou administrativas para que o reitor Ruben Becker permaneça no cargo e ele se recusa a deixá-lo’, enfatizou a parlamentar, referindo-se a uma das exigências dos professores para o recomeço das aulas.
TALINE OPPITZ
CPI e muita cautela
Stela Farias finaliza hoje requerimento para criação de CPI. Segundo ela, o foco das investigações serão a Operação Solidária e seus desdobramentos, ligações com a Rodin e as denúncias do PSol contra o governo. Além de manter em pauta denúncias que fragilizam o Piratini, a intenção é viabilizar o acesso aos inquéritos. O movimento não é consenso nem entre petistas.
Enfim, caso Ulbra gera mobilização política
A agonia pública da Ulbra se transformou em pauta política prioritária e ganhou mobilização nacional. Além da iniciativa de Luciana Genro, do PSol, que iniciou a busca de assinaturas para a criação de CPI, a presidente da Comissão de Educação, Maria do Rosário, do PT, entrou em campo e articulou reunião com o ministro da Educação, Fernando Haddad. O encontro está marcado para amanhã, às 14h. Além de deputados e senadores dos seis estados atendidos pela Ulbra, também foi convidado a comparecer o reitor Ruben Becker.