Os caras-pintadas estão de volta às ruas para exigir ‘Fora Yeda’. Denominados como movimento ‘Os Caras-Pintadas, Ella não pode Continuar’, centenas de jovens, em especial, estudantes de escolas estaduais, marcharam nesta quinta-feira, 26, pelas ruas de Porto Alegre pedindo o fim desse governo marcado pela corrupção, o autoritarismo e o descaso com importantes áreas sociais, como educação, saúde e segurança, e o pior avaliado pela população segundo pesquisa Datafolha.
No início da manhã, os manifestantes começaram a se concentrar no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, depois percorreram as avenidas João Pessoa e Salgado Filho, rumo à Praça da Matriz. O ato pacífico terminou em frente ao Palácio Piratini.
A deputada federal Luciana Genro, o presidente estadual do PSOL, Roberto Robaina, e a vereadora Fernanda Melchionna também participaram do ato, junto com muitos militantes do partido, que carregavam cartazes e levavam os adesivos de ‘Fora Yeda’. Luciana garantiu que as provas contra Yeda vão aparecer e reforçou as denúncias: “A gente quer saber onde está o dinheiro do Detran. Vocês sabem que a governadora diz que está arrumando a casa, que o Estado tem déficit zero, mas a única casa que ela está arrumando é a casa dela!”.
Fernanda saudou os estudantes, lembrando a importância do movimento estudantil para o fim da ditadura e para a derrubada de Collor. “Tem uma frase que diz: a memória é uma arma carregada de futuro. Agora é hora do movimento voltar à rua e derrubar o governo corrupto de Yeda!”
O site do jornal Zero Hora reconhece que a manifestação ocorreu sem incidentes e que a “população nas ruas manifesta apoio ao protesto”. Ontem, houve manifestações semelhantes em Pelotas e Santa Maria.
Passagem
No último dia 5, foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan, uma carta assinada por mais de 20 entidades estudantis, como UNE, grêmios estudantis e diretórios acadêmicos. O texto pede a apuração das denúncias apresentadas pelo PSOL contra a governadora Yeda, que datam desde a campanha de 2006, e exige sua saída imediata do Executivo. Na atividade, foi utilizada como símbolo da campanha uma passagem para que Yeda voltasse a São Paulo, sua terra-natal, com saída do box 45 da Rodoviária de Porto Alegre, na data de hoje.