P-Sol reapresenta denúncias contra Yeda
O P-Sol realizou, ontem, uma visita ao presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), para oficializar ao parlamento denúncias contra a governadora do Estado. No encontro, também foi discutido o trâmite do pedido de impeachment de Yeda Crusius apresentado pelo P-Sol e pelo PV em 10 de junho de 2008 e arquivado pelo então presidente da Casa, Alceu Moreira (PMDB). Atualmente o processo está sendo avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sob a relatoria do deputado Paulo Odone (PPS), e deve ir a plenário.
O encontro entre o vereador Pedro Ruas, a deputada federal Luciana Genro e o presidente estadual do P-Sol, Roberto Robaina, no gabinete do presidente Pavan, teve a presença dos deputados petistas Raul Pont, Stela Farias e o líder da bancada, Elvino Bohn Gass. “O PT está solidário à luta”, afirmou a Luciana.
Na tarde de ontem, a bancada petista protocolou uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando que as provas das investigações das Operações Rodin e Solidária sejam compartilhadas.
Na semana que vem, durante encontro entre os líderes das bancadas, será solicitado que a Casa encaminhe ao MPF um pedido de acesso às provas em poder da Justiça Federal de Santa Maria, onde tramita o processo da Operação Rodin. A iniciativa partiu do deputado Gilmar Sossella (PDT) e foi apresentada em uma reunião, ontem, com os líderes do P-Sol, os deputados Paulo Azeredo (PDT), o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Dionilso Marcon (PT), Bohn Gass e Raul Pont.
O líder do PT espera que a instituição se manifeste sobre a existência dos indícios levantados pelo P-Sol. “Pretendemos, naquilo que for possível e sem ferir o segredo de Justiça, ter informações sobre se existem ou não comprovações dos fatos denunciados. A preocupação é que o conjunto da Casa tome essa atitude.” Segundo Bohn Gass, a confirmação das denúncias do P-Sol pelo MPF é fundamental para o pedido de impeachment.
Para o líder da bancada tucana na Assembleia, Adilson Troca, o pedido de impeachment, que já foi analisado pela própria Casa, não procede. “Quem faz a denúncia vai ter que comprovar. Para pedir um impeachment, tem que haver um embasamento legal e uma prova, que analisada pelo MP poderia gerar um processo.”
Segundo ele, a falta de provas nas declarações do P-Sol representa acusações políticas. “A maioria das acusações que o P-Sol fez até agora não procede, parou no momento em que ele encerrou a acusação. Acredito que o momento do governo é muito bom, e a oposição está preocupada com isso.”
Para Troca, as acusações têm o objetivo de atingir o governo e impedir uma possível tentativa de reeleição de Yeda. “Não tenho dúvida de que o interesse da oposição é atingir o governo. O próprio processo das entidades que tentaram botar outdoors chamando o governo de corrupto é político.”
Para o líder petista, a ideia de uma candidatura para um novo mandato de Yeda chefiando o Piratini está fadada ao fracasso. “A governadora podia tentar, mas não acredito que, com a gestão que ela está fazendo, ela tenha mínimas condições de conseguir apoio da sociedade gaúcha”, salientou Bohn Gass.