A nova divulgação da permanente crise na saúde e a lotação das emergências é boa, especialmente em época de eleição. Mostra que todos os que governam, seja município, Estado ou União, não têm cumprido as suas promessas de priorizar a saúde. Aliás, uma promessa permanente em todas as eleições, que se repete agora. Se os eleitos cumprissem o que dizem já teríamos uma saúde à beira da perfeição. Perfeição esta exaltada por Lula justamente quando veio inaugurar a nova emergência do Conceição, superlotada. Por que ele não vem fazer uma visitinha agora? Algumas das medidas tomadas para amenizar o problema das emergências, entretanto, não só são paliativas como prejudicam os próprios usuários do SUS. Muitas pessoas recorrem às emergências por que têm agravados os seus problemas de saúde devido à demora em conseguir uma consulta, uma cirurgia ou um exame. Suspender cirurgias eletivas e devolver pacientes de média complexidade para suas regiões, onde provavelmente não conseguiram tratamento e por isso vieram para a Capital, é um desrespeito. Só agrava o problema das pessoas, embora possa desafogar as emergências e salvar a cara dos governantes.
A medida emergencial realmente importante não é tomada: usar, pelo SUS, os leitos reservados aos planos privados e particulares. Hospitais como a Santa Casa têm leitos privados que estão vazios, mas não os disponibiliza para uso do SUS. O governo deveria intervir! Estruturalmente precisa-se de mais dinheiro para a saúde pública, mais médicos, enfermeiros, técnicos, e saúde preventiva dos PSFs. A regulamentação da Emenda 29 dobraria os recursos para saúde, mas o governo Lula não deixa votar. A tragédia segue.
A saúde "à beira da perfeição", segundo Lula