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| Imprensa | Notícias

Por Redação #Equipe50

Crédito: Divulgação PSOL

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O PSOL, em nome da presidenciável Luciana Genro, anunciou na tarde desta quarta-feira (8), durante uma coletiva em São Paulo, o posicionamento do partido com relação ao segundo turno destas eleições. “A militância está livre para votar como quiser, desde que não vote em Aécio Neves. E isso não significa que estamos apoiando a candidatura da Dilma. Em nenhuma hipótese o PSOL ou os seus dirigentes irá dar qualquer apoio ao PSDB. Não temos nada em comum. Seria um retrocesso odioso. Sugerimos que a militância faça o mesmo”, disse Luciana.

No início da atividade, Luiz Araujo, presidente do PSOL e coordenador-geral da campanha, leu uma nota oficial com a decisão, tomada após reunião com a Executiva Nacional do partido. O vice na chapa da Luciana Genro, Jorge Paz, também participou da coletiva.

“O jeito tucano de governar, baseado na defesa das elites econômicas e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente, significa um verdadeiro retrocesso. A criminalização das mobilizações populares e dos pobres empreendida pelos governos tucanos, em especial o de Alckmin, nos coloca em oposição frontal ao projeto do PSDB e aliados de direita. Assim, recomendamos que os eleitores do PSOL não votem em Aécio Neves no segundo turno das eleições presidenciais. Não é cabível qualquer apoio de nossos filiados à sua candidatura”, diz um trecho da nota.

A presidenciável do PSOL fez questão de frisar que desaconselhar o voto no PSDB não significa aconselhar o voto na Dilma.”Nenhuma das candidaturas nos representa, mas estamos deixando que os militantes se sintam livres para votar como queiram, sempre levando em conta a nossa resolução”, concluiu Luciana.

Crédito: Divulgação PSOL

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“Diante do que foi o seu governo e sua campanha eleitoral, Dilma está distante do desejo de mudanças que tomou as ruas no ano passado. Seu governo atuou contra as bandeiras mais destacadas de nossa campanha, como a taxação das grandes fortunas, a revolução tributária que taxe os mais os ricos e menos os trabalhadores, a auditoria da dívida pública, contra a terceirização e a precarização das relações de trabalho, fim do fator previdenciário, a criminalização da homofobia e a defesa do casamento civil igualitário, uma nova política de segurança pública que acabe com a “guerra às drogas” e defenda os direitos humanos, a democratização radical dos meios de comunicação, o controle público sobre nossas riquezas naturais, os direitos das mulheres, a reforma urbana, a reforma agrária e a urgentíssima reforma política, que tire a degeneração do poder do dinheiro nas eleições, reiterado neste pleito, mais uma vez. Por tudo isso, se Dilma vencer o segundo turno, o PSOL seguirá como oposição de esquerda e lutando pelas bandeiras que sempre defendemos, inclusive durante a campanha eleitoral”, diz outro trecho da resolução do partido.

Luciana ainda fez questão de deixar claro que se manterá neutra e não declarará seu voto. “Eu não vou dizer como vou votar no segundo turno. Mas a militância e outros dirigentes podem se posicionar se quiserem. Foi isso que ficou decidido na nossa reunião”, pontuou Luciana.

Questionada por um jornalista se o PSOL não deveria pressionar o PT para que ele incluísse em seu programa de governo algumas das bandeiras defendidas por sua candidatura, Luciana foi direta. “Agora não é hora de fazer barganha. Eles tiveram doze anos para implementar essas propostas e não o fizeram. Agora eles poderiam até incorporar algo teoricamente para conquistar os nossos eleitores, mas na verdade não vão colocar em prática. Isso não tem sentido”, declarou a presidenciável.